A floresta “melhorada” : uma análise sobre as políticas de reflorestamento no Rio Grande do Sul (1934-1965)

Este trabalho investiga a construção das primeiras políticas de reflorestamento do Rio Grande do Sul, promovidas pelo Instituto Nacional do Pinho entre as décadas de 1940 e 1960. Busca compreender o contexto de devastação das florestas com Araucárias que fez emergir tais políticas, bem como os fatores que possibilitaram que, na década de 1970, houvesse a expansão do modelo de reflorestamento baseado no monocultivo de árvores exóticas, notadamente na região dos Campos de Cima da Serra/RS. Neste trabalho analisamos relatórios publicados no Anuário Brasileiro de Economia Florestal, entre 1948 e 1966, bem como a legislação florestal vigente no período. Ao fazer esta análise, dialogamos com pesquisas da História Ambiental realizadas nas últimas décadas referente à temática florestal e observou-se que tais políticas se construíram sobre o ideal de “melhoramento” das florestas, buscando a racionalização de sua exploração para torná-las produtivas. Isto contribuiu, por um lado, para a devastação das florestas nativas e, por outro, para a inserção das florestas artificiais, de rápido crescimento e alto rendimento